segunda-feira, 5 de novembro de 2012

2012, o ano com menos bebés


A TAXA DE NATALIDADE EM PORTUGAL ATINGIU O NÚMERO MAIS BAIXO DOS ÚLTIMOS 60 ANOS.DE ACORDO COM O CORREIO DA MANHÃ, EM JUNHO NASCERAM APENAS SEIS MIL BEBES... DESDE A DÉCADA DE 50 QUE NÃO HAVIA UM MÊS COM TÃO POUCOS NASCIMENTOS.

A descida representa menos 19 por cento em relação a junho do ano passado.
A manter-se a tendência, este ano deverão nascer apenas 81 mil crianças, menos 16 mil do que em 2011. Em termos gerais, nascem menos 50 mil crianças por ano do que seria necessário para assegurar a substituição de gerações.
Um saldo negativo que compromete a sustentabilidade da segurança social perante o aumento do número de pensionistas e a redução de jovens que entram no mercado de trabalho.

A quebra acentuada da natalidade em Portugal tem sido vista como uma tendência dos últimos 30 anos, mas o ano de 2012 bateu todos os recordes. De acordo com dados relativos ao chamado 'teste do pezinho', este é o ano com menos nascimentos de que há registo.
Laura Vilarinho, directora do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (vulgarmente conhecido por teste do pezinho), mostrou-se preocupada com a evolução da taxa de natalidade em Portugal. Em declarações à TSF, afirmou que nos primeiros nove meses do ano foram feitos cerca de 67 mil testes, ou seja, menos 6500 face ao mesmo período do ano passado.
Em Junho, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o número de nascimentos em Portugal foi precisamente de 6439, o que faz daquele o mês com menos nascimentos de que há registo nos últimos 60 anos.
Números que representam menos 19% de nascimentos face ao mesmo mês do ano passado, escreve a edição de hoje do Correio da Manhã.
Uma preocupação é partilhada pela demógrafa Maria João Rosa Valente, que garante serem precisas novas políticas de incentivo à natalidade, nomeadamente em termos de uma mais eficaz compatibilização entre os filhos e o trabalho, para inverter a situação.
Segundo a directora do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, as expectativas para o futuro não são mais optimistas do que o cenário actual: até ao fim do ano, o número de bebés nascidos em Portugal não deverá ultrapassar os 90 mil.

Jornal SOL 5.11.2012

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